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Euclides da Cunha está localizado no Nordeste Baiano e
distancia 311 km da capital baiana. Faz limite com os municípios de Monte
Santo, Novo Triunfo, Quijingue, Cansanção, Jeremoabo, Canudos e Banzaê. Segundo
IBGE/2009, sua população é composta de aproximadamente 59 mil habitantes.
Os índios Caimbés foram os primeiros habitantes que se
instalaram inicialmente na aldeia de Massacará. Posteriormente, transferiram-se
para outro sítio que mais tarde receberia a denominação de Fazenda Caimbé.
Colonos vindos de Monte Santo e Tucano, se fixaram com suas famílias e
dedicaram-se a lavoura e criação de gado. Os padres jesuítas, em missão de
catequese pelo sertão, construíram no local da atual vila de Massacará, uma
capela e um convento. A localidade continuou evoluindo até a emancipação em 19
de Setembro de 1933.
No centro dos rincões sertanejos da Bahia, no sapé do
Célebre Cordilheiro, estava situado um pequeno povoado do Cumbe, termo popular
que no Ceará significava cachaça, biongo ou povoado. O mesmo originou-se do
Sítio Tanque da Nação.
Em 10 de dezembro de 1886, realizou-se a primeira feira
debaixo de uma frondosa cajarana. Neste dia foi marcado o local da rua onde
está situada a Igreja Matriz, tendo como padroeira Nossa Senhora da Conceição.
Em 19 de setembro de 1931, Cumbe foi emancipado pelo Decreto
Estadual nº 8.642 de 19/09/1933. Cumbe passou a cidade, recebendo o nome de
Euclides da Cunha, em homenagem do autor do livro “Os Sertões”. Neste livro o
escritor e jornalista carioca falava da região e da guerra de Canudos. É dele a
frase: “O Sertanejo é Antes de Tudo um Forte”.
O clima é quente e úmido, propício para a plantação de
subsistência, como: milho, feijão, batata-doce, mandioca e hortaliça. Na região
também encontramos uma vasta faixa de terras, onde o homem do campo faz o
plantio de sisal para exportação.
Algumas características econômicas marcam o Município, a
saber: na agricultura, verifica-se uma produção expressiva de feijão, milho e
mandioca. Na pecuária, destacam-se os rebanhos ovinos, suínos, asininos,
caprinos e muares. É também produtor de galináceos e de mel de abelhas. No
setor de bens minerais é produtor de cal e calcário. Seu parque hoteleiro
registra 439 leitos. No ano de 2001, o município registrou 10.628 consumidores
de energia elétrica com um consumo de 13.608mwh.
Segundo dados da SEI/IBGE, o PIB do município para 2003 foi
de R$121,97 milhões, sendo 33,92% para agropecuária, 9,06% para indústria e
57,02%b para serviços. A cidade conta ainda com a exploração mineral do
calcário, cal virgem e pedra; conta também com uma fábrica de móveis estofados
e 6 funerárias.
Euclides da Cunha também foi berço de personalidades
históricas, a exemplo de José Aras (1893-1979), de pseudônimo J. Sara ou Jota
Sara, que foi um escritor e poeta brasileiro. Em 1938, idealizou a mudança de
nome de sua cidade natal, que era Cumbe, para Euclides da Cunha, em homenagem
ao escritor de Os Sertões. Também escreveu o hino de Euclides da Cunha; João
Siqueira Santos (1909-2007), mais conhecido como Ioiô da Professora ou Seu
Ioiô, foi uma das últimas fontes de informação oral sobre Antônio Conselheiro e
a Guerra de Canudos e Joaquim Santana Lima (1883-1975), foi o primeiro prefeito
do Município.
O principal ponto turístico culminante é a Igreja da
Santíssima Trindade, localizada no Distrito do Massacará, construída pelos
Jesuítas no século XVII.
Igreja da Santíssima Trindade – Massacará
Euclides da Cunha - Bahia
Igreja da Santíssima Trindade – Massacará
Euclides da Cunha - Bahia
Os padres jesuítas, em missão de catequeses pelo sertão
construíram no local da atual Vila de Massacará, uma Capela e um convento, onde
a Capela continua de pé até os dias atuais, servindo de refúgio espiritual aos
fiéis, porém, o convento foi destruído pelos referidos padres quando o Marquês
de Pombal em 1759 os expulsou do Brasil.
Com a chegada de novos colonos, a Fazenda Cumbe experimentou
considerável surto de progresso, evidenciando na construção de vários prédios,
nascendo daí a povoação onde no ano de 1888, foi construída pelo padre Vicente
Sabino dos Santos, uma capela subordinada à freguesia de Massacará.
A sede da freguesia da Santíssima Trindade de Massacará foi
pela Lei provincial nº 2.152 de 18 de maio de 1881, transferida para a Capela
de Nossa Senhora do Cumbe, sendo assim criada a sede da freguesia de Nossa
Senhora do Cumbe, elevado à categoria de Vila, pela Lei Provincial nº 2.152 de
18 de maio de 1881. O município foi criado pela Lei provincial nº 253 de 11 de
junho de 1898, com território desmembrado do de Monte Santo. Na divisão
administrativa referente ao ano de 1911, Cumbe figura composto unicamente do
distrito - sede. Por força dos Decretos estaduais números 7455 de 23 de junho
de 1931 e 7.479 de 8 julho do mesmo ano, foi Cumbe surpreso e o seu território,
em face desse Decreto, incorporado ao do Município de Monte Santo.
Nasci na Vila do Massacará e desejo saber mais sobre minhas origens, neste momento tenho 49 anos e sair daí com 7 anos, hoje sou professora no DF e tenho vontade de voltar a Vila para entender um pouco mais das minhas descendências...
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